
Neste ano, mais precisamente em Maio, o Banco Central divulgou uma pesquisa que informava o crescimento em 40% do número de brasileiros com dívidas maiores que R$ 5 mil desde que o período da crise financeira terminou. Outra informação divulgada é que 25,7 milhões de brasileiros recorreram a empréstimos com valores maiores que os R$ 5 mil, o que significa dizer que 20% das pessoas com mais de 16 anos tem dividas maiores que sua renda.
Isto nos remete a certas reflexões: O que leva as pessoas a este descontrole financeiro? Se a maioria das pessoas com dívidas está em idade ativa, o que isto reflete na sua produtividade? Será que a máxima, “os problemas particulares deixou em casa”, realmente é cumprida pelas pessoas?
Apartir de hoje vamos iniciar um tópico no blog referente a finanças pessoais, para entendermos como os problemas financeiros afetam a produtividade das pessoas, o que as empresas podem fazer para ajudar seus colaboradores e como as pessoas podem agir para resolver sua situação financeira desfavorável.
Especialistas garantem que aspectos relacionados à saúde física, filhos, consumo estão diretamente ligados à dedicação do colaborador ao trabalho e, consequentemente, à sua produtividade. Se o trabalhador encontra-se bem fisicamente, dedicado à família e com a saúde financeira estável é a formula ideal para se atingir um grande nível de produtividade.
Se um dos aspectos não vai bem é provável que o colaborador inicie um processo de stress emocional afetando diretamente o seu desempenho no trabalho.
É muito comum as empresas hoje em dia se preocuparem com o aspecto físico de seus colaboradores, assim como sua integração na empresa, o clima organizacional, e de seus familiares com o seu local de trabalho. Várias são as ações implementadas como incentivos a exercícios físicos, contratação de profissionais de educação física para irem ao local de trabalho e desenvolver exercícios para os colaboradores, confraternizações, entre outras.
Contudo, um aspecto de extrema importância é deixado de lado, a saúde financeira, até mesmo por uma questão de privacidade. Mas este aspecto, atualmente, vem acometendo em muitos o stress financeiro, conforme visto na pesquisa do Banco Central.
Em muitos casos, alem de não interferir nesta questão, algumas empresas, com o intuito de ajudar, estão prejudicando seus colaboradores, ao liberar os famosos empréstimos consignados.
É fato que grande parte da população não tem controle de suas finanças e por falta de planejamento acabam encontrando no empréstimo consignado um refugio para este problema. Mas ao fazer um empréstimo consignado e resolver momentaneamente esta questão, ela volta ao consumo desenfreado, acarretando mais adiante na mesma situação, e assim, busca novos empréstimos, transformando suas dívidas em que chamamos de “bola de neve”.
Empresas e pesquisadores preocupados com esta situação vem fazendo uma serie de analises para identificar o problemas, suas causas e possíveis soluções. Varias são as analises que mostram que colaboradores com problemas financeiros tem maiores índices de ausências e atrasos no trabalho, assim cometem pequenos furtos com maior freqüência na empresa. Dados estes alarmantes, e que nos fazem rever a necessidade da empresa em ajudar seus colaboradores.
A boa noticia é que empresas que iniciaram o processo para entender o que afeta a condição de stress emocional e consequentemente a produtividade dos colaboradores, puderam verificar que o salário propriamente dito não é fator causador desta situação e sim a forma como ele é gasto, ou seja, falta de planejamento das finanças pessoais.
Então as empresas precisam começar a se preocupar com a educação financeira de seus colaboradores. Busque treinamentos, consultorias sobre finanças pessoais. O investimento feito é bem mais rentável a titulo de produtividade do que se imagina.
Nas próximas matérias discutiremos como melhorar a saúde financeira.
Boa Semana!
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