domingo, 16 de maio de 2010

O setor de materiais de construção mantêm crescimento no ano


Com o intuito de trazer informação à vocês que acessam o blog, nesta matéria vamos comentar sobre o crescimento das vendas no mercado de materiais de construção.

Segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o setor teve aumento nas vendas em 20% no período dos últimos 12 meses, de Abril de 2009 a Abril de 2010.

O estudo da associação mostra que, entre os produtos que tiveram isenção do IPI (25% do mix das lojas), o cimento teve a maior procura, com crescimento de 25%. Em segundo lugar vem o segmento de tintas, com aumento de 23% no volume de vendas, seguido por revestimentos cerâmicos (19%), argamassas (15%) e metais sanitários (12%).

Para os responsáveis pela pesquisa, a desoneração reduziu os preços dos produtos em torno de 8,5%. Para os consumidores de menor poder aquisitivo isto representou uma grande economia, o que incentivou o consumo já que os mesmos geralmente fazem mais pesquisas de preço e optam pelos produtos mais em conta.

O varejo de material de construção fechou o ano de 2009 com crescimento de 4,2% sobre 2008 e faturamento histórico de R$ 45,04 bilhões, segundo informações da Anamaco.

Entre os fatores que contribuíram para este crescimento, a associação cita:

Redução do IPI;

Crescimento da renda da população(segundo o IBGE, 27 milhões de pessoas migraram das classes D e E para a classe C nos últimos anos);

Programa Minha Casa, Minha Vida;

PAC;

Início de obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

E avaliando o setor no ano de 2010, a Anamaco informa que o crescimento nas vendas foi de 4,3% em abril sobre o mês de março de 2010. Já na relação abril de 2010 sobre abril de 2009, as vendas foram 7% superiores.

No acumulado de 2010 (janeiro a abril), o setor teve 8% de aumento no volume de vendas, sobre o mesmo período de 2009. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento é de 4,5%. A entidade prevê para 2010 um crescimento de 10% sobre os resultados do ano anterior.

Estas informações são importantes para avaliarmos o desempenho da loja comparando com a média do setor. Se a loja encontra-se acima, parabéns! Isto representa que a empresa apresenta desempenho superior à média de mercado. Contudo se a loja apresentou valores menores, é sinal de alerta. A concorrência pode estar ganhando terreno e é preciso avaliar suas estratégias.

Bons negócios!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

QUEM SOU EU? PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA


Se for olhar em questões de definição, pessoa física, segundo o dicionário Michaelis, é a pessoa natural, isto é, todo individuo, desde o nascimento até a morte. Para efeito de exercer atividade econômica, a pessoa física pode atuar como autônomo ou como sócio da empresa. E pessoa jurídica é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídicas como, por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizadas.

Mas é muito comum quando iniciamos uma empresa, fundir as duas pessoas em uma só, coisa que acontece muito em histórias de super-heróis. E com o passar do tempo, a empresa cresce, mas não consegue se separar da pessoa física.

Esta situação ocorre principalmente porque quando nasce uma empresa dificilmente ela possui credito fácil no mercado, pois necessita de no mínimo um histórico de seis meses para apresentar aos bancos. Desta forma a utilização do crédito do proprietário é de extrema importância para a perenização do negócio.

As contas se misturam de forma que não se sabe ao certo qual o verdadeiro pró-labore do empresário. Por exemplo, ao pagar o IPVA do carro de uso exclusivo do proprietário é comum o financeiro lançar este valor como gastos com veículos da empresa, o que na realidade é mais uma parte do pró-labore.

Esta operação distorcia a visão da realidade da empresa, uma vez que a mesma pode ser lucrativa se o valor do pró-labore estiver dentro da possibilidade de pagamento, coisa que em alguns casos não acontece, visto que o valor pago é bem maior.

Já tive a oportunidade de estar com alguns empresários que reclamavam muito da empresa por “não ver a cor do dinheiro”, dizendo que iriam fechar as mesmas por não serem lucrativas.

Em analise a estas lojas pude verificar que a retirada é muito superior à capacidade dela, o que tornava o negócio ruim, passando a ter prejuízos. Para estes proprietários foram feitas as seguintes perguntas:

Com relação a este leasing do Honda Civic, a loja faz entregas utilizando este carro?

A empresa tem filhos? Porque vejo aqui boletos de pagamento da escola de crianças.

Todos estes tickets de viagem se referem a visitas de negócio ou passeio com a família?

A loja possui filial por estar pagando dois aluguéis?

Inúmeros outros questionamentos são feitos e entendemos que todos estes pagamentos são feitos para a pessoa física, porém encobertos no financeiro como gasto da empresa. Assim podemos concluir que o empresário tem sim retiradas e em muitos casos elevadíssimas tornando o negócio inviável.

É preciso separar as pessoas física e jurídica, em que a pessoa jurídica paga o salário da pessoa física a titulo de pró-labore e as despesas da pessoa física devem ser pagas por ela mesma. Salário este em valores que a loja pode pagar pelos serviços de seu colaborador (proprietário).

Se ao final do período a empresa apresentar rentabilidade e sua decisão for retirar todo o lucro para si não vejo nada de anormal nisto, porém o valor estará dentro do apurado não comprometendo as finanças da loja.

A separação das contas torna-se ainda mais importante quando a empresa possui sócios e não deve haver dúvidas quanto o que cada um retira. Caso contrário inicia-se as desconfianças e o negócio vai por água abaixo.

Muitos empresários me questionam qual o valor mais apropriado para retirada do pró-labore. Vejo esta questão muito subjetiva, pois cada um pode avaliar quanto vale seu trabalho para a empresa. Esta definição deve ser determinada da mesma forma que você cria se fosse contratar outra pessoa para executar as atividades.

Contudo se você não tem nenhuma noção comece estabelecendo um valor em torno de 1% do faturamento, que com certeza não irá comprometer as finanças de sua loja. Depois vá avaliando e definindo o valor que melhor atende às duas pessoas, física e jurídica.

O importante nesta separação dos bolsos é poder ter um melhor controle das finanças e lucratividade da empresa e seus gastos familiares.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como o varejo conseguiu nos engolir?


Nestes muitos anos trabalhando com empresas do varejo pude perceber que seus profissionais possuem uma carga horária enorme e que “férias” é apenas uma palavra do nosso belo idioma.

Isto ficou comprovado quando vi uma pesquisa da Isma-Brasil, instituição internacional que estuda qualidade de vida, que em 2009 ouviu mil executivos e constatou que 62% deles estão insatisfeitos com a quantidade de horas que dedicam ao trabalho.

No mundo real, 45% desse mesmo grupo trabalham entre dez e 12 horas por dia e 9% ficam mais de 13 horas dentro do escritório. Pior, na prática, eles fazem pouco para reverter à situação.

Veja bem, abrimos uma empresa para desenvolver nossas habilidades e conseguir remuneração por isso, ou nos capacitamos para exercer bons cargos e receber a remuneração que queremos; remuneração esta que vai nos permitir realizar sonhos como comprar aquele carro fantástico, a casa maravilhosa, viajar, e muito mais.

Mas acabamos por nos envolver tanto com o negócio que esta remuneração permite comprar as coisas que queremos, porém com uma restrição: não usufruímos! E por que o varejo consegue nos engolir?

Em muitos casos o varejo nos consome por conta da pressão por melhores resultados para a empresa a fim de garantir nosso emprego. Ou então ficamos presos ao negócio porque um dia começamos pequenos e exercíamos todas as atividades da empresa e à medida que ela foi crescendo não delegamos parte das atividades a outras pessoas por insegurança.

Estes e outros fatores foram fazendo com que a cada dia passássemos mais tempo na empresa do que em casa, excluindo-nos de pequenos prazeres como acompanhar o crescimento dos filhos, um almoço divertido com a família, um passeio no shopping, assistir um filme, etc.

Pare para pensar: há quanto tempo você não tira aquelas merecidas férias? Como foram suas últimas férias, seu celular tocou de cinco em cinco minutos?

É preciso ganhar dinheiro para sobreviver, mas também é necessário ter qualidade de vida. O excesso de trabalho pode além de tudo causar problemas de saúde devido ao stress elevado a qual nos submetemos, como por exemplo, depressão, enxaqueca, gastrite.

E por falar em saúde, há quanto tempo você não pratica algum esporte? Qual foi sua última visita ao médico para um check-up?

Procure mudar esta situação, a insegurança em deixar a empresa na mão de outros se deve principalmente pela falta de controles que não implantamos na loja, o que nos deixa sempre “com a pulga atrás da orelha” de que alguém vai nos roubar. Vamos enumerar algumas ações que podem ser feitas:

* Utilize melhor os controles que a informatização de sua empresa lhe permite.
* Crie uma agenda para suas tarefas, como por exemplo, o horário de atendimento a fornecedores, um horário para as atividades do financeiro, etc.
* Faça inventários constantes para ter os estoques em suas mãos.
* Faça reuniões constantes com seus encarregados para estar a par do que acontece em cada setor.
* Defina metas para sua empresa e as acompanhe.
* Cumpra seu horário de trabalho como se você fosse um colaborador da empresa.
* Tenha um processo confiável de seleção e contratação de pessoas.

Lembre-se: se você contratar as pessoas certas e tiver controles em sua empresa, poderá até administrá-la a distancia que não terá surpresas desagradáveis.

É fato que o trabalho enobrece o homem, mas todos precisam de descanso para recarregar as baterias e continuar sempre motivado.

Pense nisso e boa semana!